Conectando o cinturão de segurança a um ponto de ancoragem, o talabarte é um item essencial para quem trabalha em altura. Neste post, vamos abordar a função do talabarte no sistema de proteção contra quedas, explicando ainda seus distintos tipos e a diferença entre talabartes com e sem absorvedor de energia (ABS).
Antes, porém, precisamos ter em mente de forma clara o que é isto — o “trabalho em altura”.
Segundo a Norma Regulamentadora nº 35 (NR 35) do Governo Federal, toda atividade executada acima de dois metros do nível inferior é considerada trabalho em altura. Ou seja, não importa se o trabalho é executado com içamento, em andaimes, ou em escadas. Se há risco de queda acima de dois metros, trata-se sempre de um trabalho em altura e, nesses casos, as normas de segurança devem ser obrigatoriamente seguidas.
O sistema de proteção contra quedas para trabalhos em altura definido na NR 35 é composto por: sistema de ancoragem, elemento de ligação e equipamentos de proteção individual (EPI’s).
O sistema de ancoragem compreende um ou mais pontos de ancoragem nos quais se conecta o elemento de ligação — que, por sua vez, vai conectado ao EPI. Esse ponto de ancoragem deve resistir à força máxima possível, isto é, deve ser capaz de segurar o trabalhador, levando em consideração o peso, a altura do nível inferior e a aceleração durante a queda.
Já o elemento de ligação é o próprio talabarte. A NR35 explica que o talabarte serve ao propósito de assegurar que, em caso de queda, o trabalhador não colida com o nível inferior.
Ademais, a norma pontua que, quando aplicável, ele deve ser posicionado acima da altura do elemento de engate para a retenção de quedas. Por fim, especifica ainda que o talabarte não deve ser conectado a outro talabarte, nem por meio de nós ou laços.
Por sua vez, os EPI’s pertinentes compreendem, em primeiro lugar, o cinturão de segurança no qual o talabarte vai conectado, bem como outros itens de segurança como o capacete, as luvas, o calçado de segurança, entre outros equipamentos necessários ao trabalho a ser realizado.
OS TIPOS DE TALABARTE
Agora bem, no que tange especificamente ao talabarte, há pelo menos três tipos diferentes que devem ser conhecidos.
O primeiro é o talabarte simples em I — como, por exemplo, o Talabarte Fita Gancho De 55mm Mult 1895A. Ele costuma ser utilizado quando o ponto de ancoragem é fixo e não há necessidade de reposicionar o gancho.
Em seguida, há o talabarte em Y — como o Talabarte Em Y Em Fita Com Absorvedor De Energia E Conector 55mm. Esse talabarte favorece a movimentação porque é possível intercalar os dois ganchos entre os diferentes pontos de ancoragem.
Por fim, há o talabarte de posicionamento — como o Talabarte De Posicionamento Em Corda Com Regulagem 2301 – Camper. Ele costuma ser utilizado quando há necessidade de deslocamento pelo ponto de ancoragem. Na medida em que o trabalhador se desloca, solta-se a trava do talabarte para a reposicionar e, em seguida, trava-se de novo.
TALABARTE COM E SEM ABSORVEDOR DE ENERGIA (ABS)
O absorvedor de energia (ABS) é um dispositivo que visa suavizar o impacto em caso de queda. Ele desacelera a queda para diminuir o tranco em relação ao cinturão de segurança, ao mesmo tempo que equilibra a resistência do ponto de ancoragem.
Até 2020, recomendava-se o uso de talabartes com ABS apenas para distâncias maiores do que sete metros entre o ponto de execução do trabalho e o nível inferior. Entretanto, a partir da publicação da Portaria Nº 11.347/2020, o ABS é, agora, obrigatório em todos os talabartes. Por esse motivo, escolher o talabarte correto para o trabalho é essencial para a segurança do trabalhador. Em caso de dúvidas, não deixe de consultar nossos especialistas da RJEPI.